Jovens em uma terra de gigantes
ALGUM TEMPO DEPOIS DO GOLPE que derrubou o presidente
constitucionalmente eleito em 1964, decepcionada com a política a juventude brasileira resolveu tomar o destino em suas próprias mãos. “Arrogância”, rugiram os
adultos, em particular diretores de escola, quando percebiam alguma movimentação
dos estudantes e imediatamente ligavam para o DOPS, a polícia política da
ditadura. Foi quando jovens que não
tinham sangue de barata resolveram se impor, não por rebeldia ou meramente por
contestação, mas pela capacidade “de se opor ao sistema”, de ser uma “resposta
social”, que perpassando toda tendência contrária à ditadura, materializou-se em
“contestação política” e estabeleceu “uma forma possível de se pronunciar
diante do processo histórico e de constituí-lo” [Marialice M. Foracchi (1965). O estudante e a transformação da sociedade
brasileira].
Gigante: "Você pensa que está falando com moleque? Sou deputado!". Jovem: "É deputado? Eu sou estudante, mulher e
também mereço respeito. Aqui é a casa do povo". Em seguida, o gigante
ameaça prender a moça, enquanto outro deputado tenta interferir em favor dela.
Comentários
Postar um comentário