O OURO DE JUDAS
No dia 3 de abril de 1964, Dean Rusk, "secretário de Estado" norte-americano, mandou um telegrama ao embaixador Lincoln Gordon pedindo que este cobrasse os generais brasileiros pela ajuda fraternal ao golpe.
Mais exatamente pelos altos custos da "Operação Brother Sam".
Brasileiro não gosta de passar vergonha, e prontamente os generais autorizaram a transferência de 163 toneladas da reserva ouro brasileira (na época uma das maiores... do mundo) para Fort Knox [Dados do Anuário Estatístico 1965 do IBGE].
Nas Forças Armadas muitos ficaram sabendo da negociata, não poucos reclamaram [e foram punidos: http://www.gedm.ifcs.ufrj.br/upload/legislacao/3.pdf ], mas como sempre, vigorou o "espírito de unidade da tropa".
Enfim, no Brasil, o que oficial militar, como todo funcionário público, quer mesmo é saber do hollerith, só se preocupa com "o problema dos vencimentos", como dizia o arguto general Figueiredo.
Evoluímos, pois atualmente não é mais preciso assaltar a reserva ouro. Basta revisar a meta fiscal, de 90 para 170 bilhões - nada ver com "herança maldita" ou "interesse nacional", mas dispender bilhões com aumentos seletivos de salários para as oligarquias do "serviço público" e a contratação de milhares de funcionários.
É o custo de mais um golpe.
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